Não gosto da sensação de tristeza. Acho que ninguém gosta. Mas reconheço que a dor pode ser motivacional e fonte de inspiração.
Às vezes, a dor pode ser evitada. Digo isso pensando nos familiares dos 245 mortos em Santa Maria (RS). Nada (nem o retorno da presidente Dilma Rousseff do Chile) apagará a dor e trará as vidas perdidas de volta.
Não adianta fechar o local e nem cobrar multa. A ferida foi aberta e talvez nunca seja cicatrizada.
Em outras situações, não temos como prever e/ou prevenir. O que fazer, então?
Se soubesse a resposta, com certeza poderia participar de festas ao lado do Eike Batista e Carlos Slim. Talvez fizéssemos um reality show: "Homens ricos".
Porém, infelizmente, não consigo resolver esta questão e não posso ganhar dinheiro com a solução para tristeza inesperada. Continuo pobre, aqui na Zona Leste e satisfeito por ir a um barzinho no fim do dia.
Enquanto isso, o meu pessimismo sempre me leva para a mesma pergunta: "Se eu pudesse nascer de novo?"
Não precisaria de um berço de ouro. Um pouco mais de altura, muitos quilos a menos e voilà.
Ah, menos racionalidade também seria útil. Afinal, o mundo é dos loucos. Ser racional é cafona e há tempos está fora de moda.
Ou quem sabe poderia ser um pássaro? Em caso de temperatura baixa, voaria para o calor e vice-versa. Sempre em bando, mas sem conversas e sentimentos desnecessários. Apenas com o instinto de sobrevivência.
Penso demais, mas nunca é para o bem ou para o bom. Sempre é para o mal e para o mau. A lamentação é inevitável. Por mais que eu queria, há dias que o sorriso não consegue tomar conta do meu rosto.
O "Bacelardas" promete voltar a programação normal nos próximos dias.
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