sexta-feira, 20 de março de 2015

Sempre há espaço para a paixão e o talento

Não chegamos nem ao quarto mês do ano e já descumpri uma das metas de 2015: manter o blog atualizado semanalmente. Levei um susto quando vi a data do último post: 5 de fevereiro! Um absurdo!

Com um pouco de vergonha, retorno para postar a segunda parte da entrevista com a jornalista Adriana Farias. Ela encerra a conversa mostrando a realidade da profissão e expondo as matérias mais marcantes de sua carreira (os links estão disponíveis para o leitor acessar - basta clicar nas palavras em azul na segunda resposta dela).

"...acredito que para quem tem uma real paixão pela profissão terá seu espaço [...] Também não dá para entrar deslumbrado seja em TV, jornal, revista ou portal. Tem muita ralação mesmo".

Acrescentaria a esta fala da Adriana a seguinte observação: TUDO na vida deve ser feito com paixão e entrega. Caso consiga conciliar com o talento, melhor ainda.


Voltaremos (espero que em breve) para mostrar a segunda parte da entrevista com os jornalistas Paulo Manso e Alexandre de Paulo sobre o Haiti. Para quem viu e curtiu a primeira metade, não perde por esperar a segunda. Está emocionante.



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Planeja lançar outro livro? Se sim, qual seria o tema?

Sim, almejo a produção de outros dois livros. Um esta mais ao meu alcance e o trabalho seria todo feito no Brasil, já o outro demandaria viagens para fora.
No momento prefiro não divulgar os temas.

Depois do livro, quando voltou ao Brasil e entrou no mercado de vez, qual foi a história escrita por você que mais chamou atenção? (Sem ser a da Loemy) Por que?

Sem dúvida a história mais impactante e de maior repercussão em que trabalhei foi a da Loemy, jovem do Mato Grosso que veio tentar a carreira de modelo em São Paulo, mas as frustrações e dificuldades da cidade grande se aliaram a um profundo trauma que sofreu na infância. Ela estava há dois anos morando na Cracolândia e viciada em crack. Foi uma batalha tremenda, desde a descoberta do caso até a finalização da apuração.

Outras reportagens importantes foram na área de fluxo migratório. Denunciamos a burocracia que estava deixando estrangeiros em busca de refúgio no limbo jurídico , sem acesso a saúde e educação, relatei as histórias de dois potenciais refugiados que ficaram semanas detidos no Aeroporto de Guarulhos em uma sala chamada "conector", sem condições dignas de vida e também o caso dos estrangeiros condenados que cumprem pena em liberdade, mas vivem clandestinos no país, sem direito a qualquer documentação que regularize sua situação migratória devido a lei do estrangeiro, criada na época da ditadura e que vê a pessoa que vem de fora como inimiga.



O que diria para os alunos de jornalismo sobre a carreira? E o que você almeja como jornalista?


O mercado de trabalho não esta nada promissor, mas acredito que para quem tem uma real paixão pela profissão terá seu espaço. Mas é fato que é uma área que demanda muito trabalho, cabeça firme, dedicação, paciência, muito pensamento positivo e ambiciosos, no bom sentido. Também não dá para entrar deslumbrado com a profissão, seja em TV, jornal, revista ou portal. Tem muita ralação mesmo.

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