sábado, 27 de abril de 2013

Rimas fáceis, calafrios...

Não sei se todos podem dizer isso, mas agradeço à minha mãe pelo nome escolhido.

Há muito tempo, em um dia qualquer, ela me revelou como fez a opção: "Conheci o nome por causa do Vinícius de Moraes. Achei lindo e pensei que você pudesse ser um poeta".

Coitada de 'mi madre'. Talvez eu tenha a decepcionado. Não virei poeta, escritor ou compositor. Nem participei de uma santíssima trindade responsável por uma música nova ou Bossa Nova.

Apesar de não ter herdado o talento do meu xará, gosto mais da beleza e leveza da poesia do que da frieza da prosa.

Quando adolescente, apelei inúmeras vezes para as rimas fáceis. Sinceramente, eu acreditava que, de alguma forma, elas me ajudariam com as mulheres.

Apesar de ser comunicólogo, nunca tive muito jeito para me declarar às belas do sexo oposto. A timidez tomava conta de mim na hora de oralizar uma abordagem. A saída recorrente, então, eram os versos.

Não sei explicar o porquê, mas o encanto poético se perdeu em algum lugar desconhecido.

Procurei nos 'achados e perdidos'. Sem sucesso. Tentei no SSO (aquele do metrô) também e o fracasso foi igualmente retumbante.

Será que um dia o acho? Será que um dia os meus versos serão tema de livro? Será que eles vão voltar a rolar, nem que seja por um segundo mais feliz?



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